Perda de memória: você tem este hábito?
Ao chegar à terceira idade, nossa pele já não tem mais a elasticidade
dos 20 ou 30 anos. Os cabelos e as unhas estão enfraquecidos. E juntamente com
essas mudanças, nossa memória já não tem a mesma vitalidade de antes. Porém, a
beleza e a juventude continuam presentes nas pessoas que atingem este ciclo de
vida.
Com o passar dos anos, a perda de memória é uma consequência inevitável
do envelhecimento normal e pessoas mais jovens, entre 50 e 60 anos estão
apresentando estes sintomas devido ao estresse, vida agitada ou início de
comprometimento neurológico. Sendo assim, o indivíduo que perceber algo
diferente necessita ficar atento.
Atividades intelectuais previnem o aparecimento da perda de memória,
que pode ocorrer após um acidente vascular encefálico, traumatismo
crânio-encefálico ou dependendo da pré-disposição do indivíduo, o “Mal de
Alzheimer”, doença degenerativa do sistema nervoso central que afeta
principalmente a memória, a linguagem e o comportamento.
A audição e a visão são dois componentes importantes para um bom
armazenamento de informações na memória. Caso estes sentidos apresentem algum
tipo de deficiência, sugere-se uma avaliação médica.
Os déficits cognitivos podem ocasionar limitações funcionais profundas.
Além das alterações neurofuncionais, estes prejuízos provocam alterações em
várias áreas do desempenho ocupacional. Os sintomas são: dificuldade de
realizar atividades cotidianas, baixa atenção, raciocínio lento, pequenas
falhas de memória como esquecer o que iria fazer em determinado momento várias
vezes por dia, não completar ou não formar frases, entre outros.
O objetivo da intervenção terapêutica é maximizar o nível de desempenho
da pessoa motoramente, cognitivamente e socialmente, e minimizar o grau de
confusão mental, bem como orientar o cuidador a auxiliar o paciente.
A avaliação é realizada por um
terapeuta ocupacional, e o tratamento visa técnicas de Reabilitação Cognitiva, que
previne e/ou retarda o processo de evolução da doença. O procedimento do
tratamento é através de atividades terapêuticas específicas como treino,
estratégias, práticas em múltiplas situações, raciocínio lógico, atividades
perceptivas, atividades verbais, memorização, etc.
Assim como o corpo necessita de exercícios, a memória necessita de
estímulos diários para manter-se lúcida e ágil. Entre eles, está a leitura de
jornais ou revistas, contando o que leu a outras pessoas, interpretando o
texto, utilizando a atenção, etc.
A pessoa que alcança a terceira idade e se aposenta não deve ganhar um
sofá, por exemplo, e se acomodar, mas continuar sua vida ativa como antes, para
a preservação da saúde física e mental.
Este tratamento trará o paciente de volta à realidade e consequentemente
sua independência, proporcionando-o assim, melhor qualidade de vida.
Fonte: Texto escrito pela autora para o jornal Saúde em Dia.
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